terça-feira, 22 de janeiro de 2013

RABECA


História


A palavra rabeca foi usada durante a idade média para designar um Rebab, instrumento importado do Norte da África.Há pesquisadores que apontam sua origem na cultura árabe, assim como o alaúde e outros instrumentos de corda. Posteriormente, passou a designar qualquer instrumento folclórico parecido com o violino de cultura popular. De tom mais baixo que o do violino, tem um timbre fanhoso e percebido, geralmente, como tristonho. Existem rabecas de três, quatro, e mais raramente de cinco cordas. Podem ser de tripa ou aproveitadas de outros instrumentos como o cavaquinho, bandolim ou violão. Suas afinações variam de acordo com o rabequeiro. Podem ser afinadas em quartas (ré, sol, do, fá -D,G,C,F) ou afinadas, por quintas, em sol---mi,como o violino e o bandolim.
O tocador encosta a rabeca no braço e no peito, friccionando suas cordas com arco de crina, untado no breu. Juntamente com a viola, é um instrumento tradicional dos cantadores nordestinos. Muitas pessoas confundem a rabeca com o violino, apesar de não terem o mesmo som e timbre.
Em São Paulo, é usada em folganças ou fandango, na folia-do-divinomoçambique,congadasdança-de-são-gonçalo e folia-de-reis. No nordeste foi popularizada por bandas locais, onde também é fabricada por gente simples do interior de Alagoas como Nelson da Rabeca. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, a rabeca foi o primeiro instrumento melódico utilizado no forró. Só posteriormente, com a imigração dos alemães, é que a sanfona foi difundida por todo o Brasil e introduzida na música nordestina. E por ser um instrumento com mais recursos musicais, pois é um instrumento melódico e harmônico (ao contrário da rabeca que é apenas melódico), a sanfona teve maior aceitação.
Na região Norte, a rabeca é usada nas festividades de São Benedito. Na cidade de Bragança, onde destaca-se como o principal instrumento da festa, é tocada desde 1978 pelo mestre Zito no período de 18 a 31 de dezembro. Músicas como retumbão, chorado,xotemazurca e contra-dança fazem parte do repertorio da festa, mais conhecida com o nome de Marujada.
Aurimar Monteiro de Araújo, mestre Ari, é um dos mais renomados artesãos do instrumento na Região Amazônica, utilizando madeiras e fibras vegetais da floresta ele confecciona instrumentos de sons inigualáveis. O mestre foi responsável pela criação da Orquestra de Rabecas da Amazônia, além de uma escola de música e de uma oficina escola que capacitam profissionalmente crianças e adolescentes, preservando assim a memória do instrumento na região.






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