quinta-feira, 5 de setembro de 2013

CRAVO

Cravo

Cravo é a designação dada a qualquer dos membros de uma família europeia de instrumentos musicais de tecla, incluindo os grandes instrumentos comumente chamados de cravos, mas também os menores: virginal, o virginal muselar e a espineta. Todos esses instrumentos pertencem ao grupo das cordas beliscadas, ou seja, geram o som tangendo ou beliscando uma corda ao invés de percuti-la como no piano ou no clavicórdio. Acredita-se que a família de instrumentos desse tipo se originou quando um teclado foi anexado a um saltério, fornecendo um meio mecânico para tanger as cordas. O tipo de instrumento que em português, é chamado de cravo é geralmente chamado de clavicembalo ou simplesmente cembalo em italiano, e esta última palavra também é geralmente utilizada em alemão. A palavra francesa tipicamente usada é clavecin. Confusamente, a palavra mais utilizada na Espanha para o cravo é clavicordio, gerando confusão com o clavicórdio. Por essa razão, nos círculos musicais espanhóis, os locutores utilizam a palavra italiana ou, mais comumente, a palavra francesa.
Um cravista é um músico que toca o cravo.

História

A origem do cravo é obscura, mas sabe-se que surgiu em algum momento da alta Idade Média ou na Idade Média tardia. As mais antigas referências escritas ao instrumento datam dos anos 1300 e é possível que o cravo tenha sido inventado naquele século. Esta era uma época na qual os avanços na fabricação de mecanismos e outras formas de antigas máquinas pré-modernas estavam sendo desenvolvidas e, portanto, uma época apropriada para a invenção daqueles aspectos que diferenciam o cravo do saltério. Um manuscrito latino sobre instrumentos musicais, de autoria de Henri Arnault de Zwolle, c. 1440, inclui diagramas detalhados de um pequeno cravo e de três tipos de movimentos de ação dos ganchos.

Itália

O cravo mais antigo, completo, ainda preservado, veio da Itália, o exemplar mais velho tendo sido datado de 1521. A Real Academia de Música em Londres possui um instrumento de curiosa forma vertical. Infelizmente, ele não funciona. Entretanto, esses primitivos instrumentos italianos não lançam qualquer luz sobre a origem do cravo uma vez que representam uma forma já bastante aperfeiçoada do instrumento. Os fabricantes italianos do cravo construíram instrumentos de manual simples (um único teclado), de construção muito leve e relativamente pouca tensão nas cordas. Este desenho sobreviveu entre os fabricantes italianos durante séculos, com muito pouca alteração. Os instrumentos italianos são considerados agradáveis mas discretos quanto ao seu tom e são apropriados para acompanhamento de cantores ou outros instrumentos. Próximo ao final do período histórico, instrumentos maiores e mais elaborados foram construídos, principalmente por Bartolomeo Cristofori.

Flandres

Um revolução na técnica de construção do cravo ocorreu em Flandres em algum momento durante 1580 com o trabalho de Hans Ruckers e seus descendentes, inclusive Ioannes Couchet. O cravo Ruckers era construído de maneira mais resistente do que os italianos. Devido ao fato de utilizarem cordas mais longas (sempre os dois conjuntos básicos de cordas: uma de 2,5 metros (8 pés) e outra de 1,3 metros (4 pés), embora ocasionalmente pudessem utilizar duas cordas de 2,5 metros (8 pés)), maior tensão nas cordas e uma caixa mais pesada junto com uma caixa de ressonância de abeto, bastante esbelta e responsiva. O tom era mais sustentável do que o do cravo italiano e foi largamente copiado pelos fabricantes de cravo na maioria das outras nações. Os fabricantes flamengos também desenvolveram um tipo de cravo de manual duplo (dois teclados) que inicialmente era usado meramente para permitir a fácil transposição, no intervalo de quarta, ao invés de aumentar a faixa expressiva do instrumento. Entretanto, mais tarde, no século XVII, o manual adicional foi também usado para contraste do tom, com a possibilidade de duplicar os registros de ambos os manuais para se obter um som mais cheio. Os cravos flamengos com freqüência são elaboradamente pintados e decorados.

França

O instrumento flamengo foi mais desenvolvido na França, no século XVIII, principalmente com o trabalho da família Blanchet e seu sucessor, Pascal Taskin. Estes instrumentos franceses imitaram o projeto flamengo mas tiveram a extensão seu teclado aumentada de cerca de quatro para cerca de cinco oitavas. Adicionalmente, os instrumentos franceses de manual duplo além de usarem seus manuais para transposição, os empregavam também para variar a combinação de paradas sendo utilizadas (isto é, a corda a ser beliscada). O cravo francês do século XVIII é freqüentemente considerado um dos apogeus do projeto do cravo e é largamente adotado na construção dos instrumentos modernos.
Um aspecto impressionante da tradição francesa do século XVIII era sua quase obsessão com pelos cravos Ruckers. Num processo conhecido comogrand ravalement, muitos dos instrumentos Ruckers sobreviventes foram montados e remontados com novo material de ressonância e construção da caixa que acrescentou uma oitava à extensão original do teclado. Considera-se que muitos dos cravos que, na época, se diziam restaurações Ruckers eram fraudulentos a despeito de poderem ser, de direito, considerados instrumentos soberbos. Um processo mais básico foi o chamado petit ravalement, no qual os teclados e os conjuntos de cordas, mas não a caixa, foram modificados.

Inglaterra

Para a Inglaterra, o cravo teve relevância durante a Renascença para o grande grupo de compositores importantes que escreveram para ele, mas, aparentemente, muitos dos instrumentos, na época, eram importados da Itália. Os cravos construídos na Inglaterra só ganharam notoriedade no século XVIII, com o trabalho de dois fabricantes emigrantes, Jacob Kirckman (da Alsácia) e Burkat Shudi (da Suíça). Os cravos destes fabricantes, construídos para uma elite social próspera e em expansão, eram notáveis por seu tom poderoso e exótico devido às caixas de madeira compensada. O som dos cravos Kirckman e Shudi impressionaram muitos ouvintes, mas o sentimento de que eles afetavam negativamente a música, fez com que muito poucos instrumentos tenham sido fabricados segundo o seu modelo. A firma Shudi passou para o genro de Shudi, John Broadwood, que o adaptou para a fabricação de pianos e se tornou uma força criadora no desenvolvimento daquele instrumento.

Alemanha

Os fabricantes alemães de cravos adotaram ligeiramente o modelo francês, mas com interesse especial em conseguir uma variedade de sonoridades, talvez porque alguns dos mais eminentes construtores alemães fossem também construtores do órgão de tubos. Alguns cravos alemães incluem um coro de cordas de 2 pés, isto é, cordas afinadas duas oitavas acima do conjunto primário. Uns poucos chegaram mesmo a incluir um registros de 16 pés, afinados uma oitava abaixo dos coros principais de 8 pés. Um cravo alemão preservado, tem até manual triplo para controlar as muitas combinações de cordas que estavam disponíveis. Os registros de 2 pés e de 16 pés do cravo alemão, não são apreciados pelos cravistas modernos que tendem a preferir o tipo francês de instrumento.

Obsolescência e Renascimento

No ponto máximo de seu desenvolvimento, o cravo perdeu para o piano o favoritismo que desfrutava. O piano rapidamente evoluiu a partir de suas origens semelhantes ao cravo e o conhecimento tradicional, acumulado, dos construtores de cravo gradualmente se dissipou.
No início do século XX, um interesse despertado por interpretações de época, tendo a renomada, energética e atualmente, algumas vezes, controversa Wanda Landowska como sua porta-voz, resultou no renascimento do cravo. Nas primeiras décadas de seu renascimento, os cravos então construídos foram fortemente influenciados pelo moderno piano de cauda, principalmente quanto ao uso de pesadas armações de metal, de longe muito mais robustas do que o necessário para suportar a tensão das cordas do cravo. Este foi o instrumento que os fabricantes parisienses de piano Pleyel construíram para Mme. Landowska. Os construtores incluíram registros de 16 pés nesses instrumentos para abafar o som, uma prática relativamente incomum dos construtores alemães do século XVIII.
A partir de meados do século XX, a construção de cravos tomou um novo ímpeto quando uma nova geração de fabricantes procurou os métodos de projeto e construção dos séculos passados. Este movimento foi liderado, entre outros por Frank Hubbard e William Dowd, trabalhando em BostonArnold Dolmetsch, sediado em Surrey no Reino Unido e Martin Skowroneck, trabalhando em BremenAlemanha. Estes peritos-construtores estudaram e inspecionaram muitos instrumentos antigos e consultaram o material escrito no período histórico, disponível, sobre cravos. Hoje os cravos que se baseiam nos princípios redescobertos dos antigos fabricantes dominam o cenário e são construídos em oficinas ao redor do mundo. As oficinas também constroem kits que são montados na sua forma final por amadores entusiastas.

Variações

Embora os termos utilizados para denotar os vários membros da família estejam hoje praticamente padronizados, nos dias do apogeu do cravo este não era o caso.

Cravo

Atualmente, cravo pode designar todos os elementos que compõem a família do instrumento ou, mais especificamente, o instrumento no formato de um piano de cauda como uma caixa de forma quase triangular acomodando à esquerda cordas longas para o baixo e, à direita, cordas curtas soprano à direita; Caracteristicamente tem um perfil mais alongado do que o do piano de cauda e o lado em curva com maior raio de curvatura (bentside).
Um cravo pode ter de uma a três - e algumas vezes até mesmo mais, cordas por nota. Normalmente, uma está afinada a quatro pés, isto é uma oitava acima do fundamental. Quando existem dois coros de oito pés, um deles tem seu ponto de vibração próximo ao cavalete criando uma tonalidade mais "nasal", enfatizando os harmônicos superiores.
Manuais simples ou teclados, são comuns, especialmente nos cravos italianos. Manuais duplos, que permitem maior controle sobre que cordas são beliscadas são encontrados em instrumentos mais elaborados. Há uns poucos exemplos de manuais triplos em cravos alemães.

Virginais

virginal ou virginals é um cravo pequeno de forma retangular (que se parece com um clavicórdio (ver também clavicórdio - em inglês), com apenas uma corda para cada nota fixada paralelamente ao teclado no lado comprido da caixa. Identificado com esse nome por volta de 1460, era tocado sobre o colo ou, mais comum então colocado sobre uma mesa. embora o nome venha da mesma raíz que o adjetivo "virginal" a razão para lhe ter sido dado este nome é obscura. Observe-se que no Período elisabetano era utilizado para designar qualquer tipo de cravo não, como acontece hoje, apenas os virginais. Portanto, as obras primas de William Byrd e seus contemporâneos foram tocadas freqüentemente num cravo, no estilo italiano e não nos instrumentos que hoje chamamos de virginais. Os virginais são descritos como espineta virginal (o tipo comum) ou virginal muselar.

Espineta Virginal

Na espineta virginal o teclado é colocado do lado esquerdo e as cordas são beliscadas numa das extremidades, como nos demais membros da família cravo. Este é o arranjo mais comum e um instrumento descrito simplesmente como um "virginal" é uma espineta virginal.

Virginais Muselares

Num virginal muselar (em flamengomuselaar), o teclado é colocado á direita ou no meio da caixa, de modo que as cordas são beliscadas no centro de seu comprimento sonoro. Isto produz um som quente e rico, mas a um preço, o funcionamento para a mão esquerda é colocado no meio da placa de som do instrumento, resultando que qualquer ruído originário deste tipo de funcionamento é amplificado. Um comentarista do século XVIII disse que os muselares "grunhem nos baixos como leitões". Em adição ao ruído mecânico, o ponto de vibração no baixo torna a repetição difícil porque o movimento da corda, que ainda permanece vibrando, interfere com a habilidade do plectro conectar novamente. Portanto o muselar é mais apropriado para música com acordes e melodias sem partes complexas para a mão esquerda.
Os muselares foram populares nos séculos XVI e XVII mas caíram em desuso no século XVIII.

Espineta

Finalmente, um cravo com o conjunto de cordas inclinado de um ângulo (geralmente cerca de 30º) em relação ao teclado é chamado espineta. Neste instrumentos as cordas estão muito próximas para se colocar os saltadores entre elas do modo normal, em vez disso, as cordas são dispostas aos pares e os saltadores são colocados no espaço maior entre os pares de cordas e são instalados com suas faces voltadas para direções opostas, beliscando as cordas adjacentes a esse espaço.

Clavicítero

Um clavicítero é um cravo que é montado verticalmente. Foram construídos poucos exemplares. O mesmo conceito de economia de espaço foi posteriormente incorporado ao piano vertical. Seu funcionamento na vertical foi possibilitado, modificando-se a forma dos saltadores para um corpo curvo, como um setor circular de 45º (um quarto de círculo). Um modelo do século XV pode, por exemplo, ser encontrado no Royal College of Music en Londres). O clavicítero foi utilizado até o século XVIII

Variações

Para um instrumento que foi produzido em larga escala ao longo de três séculos, não surpreende que exista um grande número de variantes entre os cravos.
Em adição às formas variadas e as diferentes disposições ou registros que podem ser adaptados ao cravo, como foi visto anteriormente, a gama de variações é muito grande.
Geralmente, os cravos mais antigos têm uma extensão menor e os modelos posteriores têm uma extensão maior, embora possa haver exceções.
Em geral, os cravos maiores têm uma extensão acima de cinco oitavas e os menores, uma extensão abaixo de quatro oitavas. Usualmente, estende-se os menores teclados usando a técnica da "pequena oitava".
No século XVI, foram construídos vários cravos com os teclados bastante modificados, como o arquicímbalo, para acomodar sistemas variados de afinação demandados pelas práticas composicionais e experimentação teórica.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

TAIKO

Taiko

A palavra Taiko (太鼓) significa "tambor" em Japonês. Fora do Japão a palavra é usada frequentemente para referir-se a alguns dos vários tambores japoneses (和太鼓, 'wa-daiko', "Tambor Japonês", em Japonês)

Tipos de Taiko

O nagado-daiko (長胴太鼓, taiko de corpo longo) consiste de duas peças de pele de vaca estendidas e tensionadas sobre um corpo de madeira (tradicionalmente escavado em uma única peça, mas hoje em dia feita de tábuas como um barril). As peles do tsukeshime-daiko (付締め太鼓, às vezes chamado simplesmente de "shime-daiko" ou "shime") são estendidas sobre anéis de aço e montadas como um sanduíche sobre um corpo menor. As cordas usadas para fixar as peles no tsukeshime-daiko's são tensionadas antes de cada uso. O okedo-daiko (桶胴太鼓, taiko com corpo em barril, normalmente chamado de "okedo" ou "oke") pode ser montado sobre um suporte e tocado como outros tipos de taiko, mas é usualmente fixado com alças e carregado nos ombros do percussionistaque pode assim andar e tocar ao mesmo tempo. Outros taikos japoneses incluem o uchiwa-daiko (内輪太鼓、 taiko), hira-daiko (平太鼓, taiko chato), o-daiko (大太鼓, grande taiko) e uma variedade de outros instrumentos de percussão utilizados nos conjuntos musicais japoneses como o noh, o gagaku e o kabuki.
Os tambores okedo-daiko drums vão desde pequenos instrumentos fáceis de carregar até o maior de todos os tambores japoneses. Diferentemente do nagado, este tambor pode ser feito em vários tamanhos mas não em qualquer tamanho, devido à sua construção com tábuas de madeira.
A região de Aomori é famosa pelo festival Nebuta onde enormes okedo-daiko são tocados por muitas pessoas enquanto são transportados pelas ruas.
O okedo também pode produzir um som metálico por percussão em seu anel, chamado "ka." Ao produzir este som, os músicos devem ter cuidado para percutir apenas a parte externa do anel metálico e não o ponto de fixação no corpo do instrumento. A madeira fina e leve do okedo pode ficar marcada e rapidamente deteriorada se atingida.

Usos do taiko na guerra

No Japão feudal, taikos eram frequentemente usados para motivar as tropas, para ajudar a marcar o passo na marcha e para anunciar comandos e anúncios marciais. Ao se aproximar ou entrar no campo de batalha o taiko yaku(tocados de tambor) era responsável por determinar o passo da marcha, usualmente com seis passos por batida do tambor (batida-2-3-4-5-6, batida-2-3-4-5-6).
De acordo com uma das crônicas históricas (o Gunji Yoshu), nove conjuntos de cinco batidas servia para levar um batalhão à batalha, enquanto nove conjuntos de três batidas aceleradas três ou quatro vezes e seguidas pelos gritos "Ei! Ei! O! Ei! Ei! O!" era a chamada para avançar e perseguir o inimigo.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

KOTO

Koto

Koto é um instrumento musical de cordas dedilhadas, composto de uma caixa de ressonância com diversas cordas, semelhante a uma grande cítara. Atualmente é o mais popular dentre os instrumentos musicais tradicionais japoneses. Tanto quanto piano ou violino, meninas em idade escolar aprendem o koto.
A história do koto é longa. O instrumento já com as suas principais características atuais foi introduzido no século VI (época do imperador Kinmei) vindo da China (dinastia T’ang). Ele já possuía o corpo feito com a madeira tradicional do Japão o Kiri (Paulownia), sendo todo laqueado. Ele era chamado de Kin-no-Koto. Data desta época a partitura mais antiga para o Koto (Yuran-fu que se encontra guardada no Templo Shinhoin). Seu ancestral é o instrumento musical chines Guzheng.
O instrumento está presente na literatura japonesa desde a antiguidade. Nos Contos de Genji (Genji Monogatari de Murasaki Shikibu 978-1016) o Koto aparece em diversas passagens. O seu personagem principal, o príncipe Hikaru Genji, quando exilado em Akashi tocava e mantinha diálogos musicais com Lady Akashi. Em outra obra, Contos de Heike (Heike Monogatari), a amada do imperador, Kogo, foi descoberta em seu esconderijo pelo som de seu koto.
Durante séculos a música de koto foi cultivada pela nobreza. No século XVII, Yatsuhashi Kengyo fundou um estilo independente, o Yatsuhashi Ryu. Em 1664, foi impresso um livro escrito por Sosan Nakamura, Shichiku Shoshin Shu, onde constam as partituras das principais músicas de Yatsuhashi Kengyo, Rokudan no Shirabe, Hachidan no Shirabe e Midare, executadas até hoje. Yatsuhashi criou as afinações consideradas as mais tradicionais para o koto, o Hira e o Kumoi. Neste século ainda houve a popularização do instrumento como acompanhamento de dança e como conjunto formado juntamente com Shakuhachi e Sangen.
Atualmente existem duas correntes, a Ikuta Ryu e a Yamada Ryu. A escola Ikuta foi fundada por Ikuta Kengyo (1757 a 1817) no final do século XVII baseada na transposição para o Koto das fórmulas existentes para o Shamisen (Sangen) principalmente na alternância de cantos com instrumentais originados do Jiuta. A característica fundamental desta escola está em sua ênfase nas técnicas instrumentais. No final do século XVIII surgiu a escola Yamada fundada por Yamada Kengyo (1757 a 1817). Ela se baseava em narrativas, dando um maior destaque ao canto. Apesar de terem algumas peças do repertório em comum, os estilos se diferem na sua orientação. Tecnicamente o estilo de execução também é diferente. O formato da unha é diferente. O estilo Ikuta usa a unha com o formato retangular, e o estilo Yamada adota uma unha de forma oval, isto leva os instrumentistas sentarem de maneira diferente com relação ao instrumento. O instrumentista da escola Ikuta senta num ângulo oblíquo enquanto o da escola Yamada senta em ângulo reto. A posição que a mão toca as cordas também difere; a escola Ikuta toca com a mão inclinada em relação às cordas, e a escola Yamada toca com a mão na posição vertical.
No início deste século houve a popularização do koto principalmente pelas mãos de Michio Miyagi. Apesar de pertencer à escola Ikuta, Miyagui praticamente formou a sua escola, introduzindo elementos ocidentais na composição de músicas japonesas.
O koto moderno tem treze cordas que podem ser de seda ou nylon. As cordas são afinadas através de trastes móveis, que permitem a mudança de afinação durante a execução da música. O corpo é formado por duas pranchas de Kiri, com aproximadamente 180 centímetros, formando uma caixa de ressonância. Existem variações no instrumento como o koto de dezessete cordas, inventado por Michio Miyagi, que faz o baixo das músicas, e outros modelos com vinte e uma e com oitenta cordas. A maioria das pessoas que tocam o koto são mulheres, pelo fato de seu som suave e gentil, praticamente sendo um som mais doce, mas isso não significa que não haja homens que tocam o instrumento, não há uma margem consideravel de preconceito a isso.

sábado, 13 de julho de 2013

CAVAQUINHO

Cavaquinho

cavaquinho (também chamado braguinhabragamachetemachetinho ou machete-de-braga) é um instrumento da família dos cordofones originário do Minhonorte de Portugal, que mais tarde foi amplamente introduzido na cultura popular de Braga pelos nobres Biscainhos e de onde foi depois levado para outras paragens como BrasilCabo Verde,Moçambique, , Hawaii e Madeira . Sendo no Alentejo onde o pessoal passa-se ao som de solos de cavaquinho.
Com 12 trastos na forma original o cavaquinho tem uma afinação própria da cidade de Braga que é ré-lá-si-mi. No entanto, as suas quatro cordas de tripa ou de metal, são também afinadas em ré-si-sol-sol, mi-dó#-lá-lá, mi-ré-si-sol, ré-si-sol-ré ou, mais raramente, em mi-si-sol-ré conforme o pais onde é utilizado e de acordo com os costumes etnográficos de cada região portuguesa. Um dos mais exímios instrumentistas portugueses que frequentemente utiliza o cavaquinho em novas abordagens da música popular é Júlio Pereira .
No Brasil este instrumento é usado nas congadas paulistas e forma historicamente o conjunto básico, junto com o bandolim, a flauta e o violão, para execução de chorosWaldir Azevedo é o mais conhecido músico de choro que tocava esse instrumento. Considerado, ainda em vida deste, como seu sucessor, o músico paulista Roberto Barbosa, mais conhecido por Canhotinho, é hoje considerado uma das principais referências no instrumento, por ter aprimorado a técnica deixada por Waldir Azevedo. Canhotinho é há cerca de 40 anos o arranjador do renomado conjunto de samba Demônios da Garoa.
As ilhas do Hawaii têm um instrumento baseado no cavaquinho chamado ukulele, também com quatro cordas e um formato semelhante ao do cavaquinho, que se julga ser uma alteração do cavaquinho, levado por emigrantes portugueses em 1879.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

XIAO

Xiao

xiao é um instrumento muito antigo chinês geralmente pensado para ter sido desenvolvido a partir de uma flauta simples fim-soprado pelo povo Qiang do sudoeste da China. A forma moderna com seis buracos remonta à dinastia Ming.

Organologia

As flautas Xiao são hoje mais frequentemente na chave de G (com D C acima do meio a ser a nota mais baixa, com todos os dedos cobertos), embora existam Xiaos com um número diferenciado de buracos, mas menos comuns também estão disponíveis, mais comumente na chave de F. As mais tradicionais tem seis buracos de dedo, enquanto as mais modernas tem oito, os furos adicionais não estendem-se para alcance do som do instrumento, mas sim para torná-la mais fácil de tocar notas como F natural. Há mais quatro (às vezes dois ou seis) furos de som situada no terço inferior do comprimento do mesmo. O buraco é soprado na extremidade superior, o mesmo pode ser cortado em forma de "U", um "V" ou em um ângulo (com ou sem incrustações de marfim). Algumas tem o fim de sopro inteiramente cortado, assim que o tocador deve usar o espaço entre o queixo e os lábios para cobrir o buraco completamente. Não pode ser um metal comum entre o buraco da boca eo buraco dos dedos superiores para efeitos de regularização, e às vezes também entre o último dedo do furo e do fim. A duração dos intervalos são cerca de 45 cm a mais de 1,25 m, mas geralmente é em torno de 75–85 cm. Normalmente, Xiaos mais curtas são mais difíceis de tocar por causa da necessidade de controlar a respiração com mais precisão. O ângulo para reproduzir o xiao é em torno de 45 graus do corpo.

Variedades de Xiao

O qinxiao (chinês simplificado: 箫 琴; chinês tradicional: 箫 琴) ou 紫竹 箫 (pinyin: "Zi Zhu Xiao") é uma versão da Xiao, que é mais estreito e geralmente na chave de F, com oito buracos de dedo, utilizado para acompanhar o guqin. A estreiteza do Xiao Qin faz o tom mais suave, tornando-o mais adequado para tocar com o Qin (que é um instrumento muito calmo). É também o maior de todos os tipos de Xiao, até 1.25m.
O nanxiao (chinês simplificado: 箫 南; chinês tradicional: 南 箫), "xiao Sul") ou 洞箫 (pinyin: "Xiao Dong"), às vezes chamado de Chiba (chinês simplificado: 尺八; chinês tradicional: 尺八, "pé e oito ", antigo nome ainda utilizado para o shakuhachi japonês) é um xiao curto com o final de sopro aberto utilizado no Nanyin, a ópera local Fujianese de Quanzhou.
































quinta-feira, 20 de junho de 2013

PIPA

Pipa (instrumento musical)

Pipa (Chinês琵琶; pinyin: pípá) é o nome de um instrumento de corda chinês. É um dos instrumentos musicais mais antigos da China, com mais de dois mil anos de história, onde ainda hoje é um dos instrumentos mais populares.

Sua estrutura

O Pipa é um instrumento de ponteio que possui uma caixa de ressonância achatada, com o formato de meia pêra.
pescoço ou braço comprido em madeira é dividido em tons por filetes, possui quatro ou cinco cordas.
As cordas de seda são tocadas com uma palheta de marfimmadeiraosso ou mesmo com a própria unha do músico, que fazem as cordas vibrarem.

Origem

A Pipa teve a sua origem na antiga Pérsia sendo conduzido para o oeste da China, espalhando-se por todo território chinês, como instrumento musical mais usados e popular do país, chegando a ser chamado de o Rei dos instrumentos de corda dedilhadas

Antiguidade chinesa

Aparece já na antiguidade chinesa, no principio era um tanto rústico. Naquela época, há mais ou menos dois mil anos atrás, todos os instrumentos de corda eram conhecidos por Pipa.
Com o passar dos tempos e com a popularidade que o instrumento conquistou, resolveu-se que somente aquele instrumento o mais popular seria conhecido por Pipa.

Década 50 do século XX

Nessa década acabou sendo criados cursos superiores de Pipa em conservatórios, sendo reestruturado e expandido para tornar maior área de tons tendo uma posição importante dentro das orquestras sinfônicas.

Dinastia Tang

As referências a este instrumento são freqüentes nas poesias da Dinastia Tang (618-907 d.C.), onde geralmente é elogiado por seu refinamento e tom delicado.
O poeta Bai Juyi, descreve em sua peça Pipa Xing (Tocadora de Pipa) um encontro casual com uma tocadora de pipa no Rio Yangtze e comenta a força expressiva deste instrumento musical:
大絃嘈嘈如急雨 : As cordas mais grossas são como uma rajada de chuva repentina.
小絃切切如私語 : As cordas mais finas soam como os murmúrios dos amantes.
嘈嘈切切錯雜彈 : Falam e conversam,
大珠小珠落玉盤 : como pérolas, grandes e pequenas, a cair num prato de Jade.

Como usar a Pipa

Para executar o instrumento Pipa, o músico tradicionalmente o coloca na posição vertical. É preciso ter muita agilidade em seus dedos a fim de conseguir passar a virtuosidade do som que ele produz.
Hoje são conhecidas mais de sessenta maneiras diferentes de tocar a Pipa, que foram desenvolvidas através dos séculos, oportunizando sua participação em grandes orquestras, sendo ponteado na vertical por melhor adaptação dos músicos.
As melodias extraídas do Pipa são de grande e real beleza e de muita virtuosidade, por isso atualmente o instrumento é popular e conhecido em todo território chinês e mesmo fora da china, por vários países.

Músicas tradicionais para a pipa

  • Branca Neve Primaveril
  • Emboscada em todos os Lados













XILOFONE

Xilofone  (do grego ξύλον — xylon, "madeira" + φωνή —phonē, "som, voz", algo como "som da madeira") é o nom...