Suas cordas, da mais aguda à mais grave, possuem a seguinte afinação: sol1, ré1, lá-1, mi-2. Há também baixos de cinco cordas, possuindo uma corda mais grave afinada em si-3 (ou, mais raramente, dó-2 ou lá-3) - sendo o dó3 o dó central do piano (numeração tradicional e não a de midi que seria dó4 o central).
Seu uso na música de concerto é variado, na ocasião de seu aparecimento era usado para reforçar a melodia mais grave das polifonias, quase sempre dobrando a melodia do
violoncelo ou de seu "primo"
violone. A partir de Beethoven ele passa a ser usado separadamente do violoncelo e no final do século XIX seu timbre passa a ser mais explorado nas orquestrações de formas variadas, misturadas aos sons do
fagote, contrafagote,
clarone, etc. Muito além dos seus companheiros antigos de partitura: o violoncelo e os
tímpanos.
Também no século XIX apareceram as primeiras peças para seu uso solístico em música de câmera e orquestral. Às vezes afinado em Ré (um tom acima da afinação normal) num ato desesperado de trazer seu timbre para o primeiro plano da massa harmônica.
Em diversos estilos de música popular do século XX, é comum a utilização do
baixo elétrico em vez do contrabaixo tradicional, este último inventado por Leo Fender na década dos anos 1950.
A história do contrabaixo
O surgimento do contrabaixo originalmente remonta no século
XV. O instrumento antigo mais famoso é o contrabaixo de três cordas de
Domenico Dragonetti (1763 – 1846) feito pelo luthier
Gasparo da Salò (1542 - 1609) cerca de cem anos antes. Nesse período o instrumento mais comum nos grupos de câmera, no registro contrabaixo (uma oitava abaixo do registro baixo), era o violone, da família da viola da gamba, instrumento um pouco maior que o violoncelo, com seis cordas quase sempre afinadas em
arpeggio. Mas a partir do século
XVIII, o já mencionado contrabaixista Domenico Dragonetti, grande virtuoso, popularizou o instrumento, primeiro em Veneza e depois em outros lugares da Europa. Instrumento "híbrido" entre a família do violino e da viola da gamba teve seu destaque por ter mais projeção sonora que então podia acompanhar melhor o crescimento das orquestras no período clássico (séc.XIX).
O instrumento com as características de hoje só aparece como uma regularidade em todos os cantos da Europa no final do século XIX. De quatro ou cinco cordas, com afinação: sol, ré, lá e mi ou sol, ré, lá, mi e si (às vezes outra na quinta corda). Com mais cordas o instrumento tem mais pressão em cima do tampo, portanto menos sonoridade, mas cria mais facilidade no fraseado musical, além da quinta corda ir à uma oitava mais profunda.
O contrabaixo é considerado hoje erroneamente da família do violino, mas seu aparecimento, construção peculiar e escola musical foi até o século XX uma adaptação às necessidades orquestrais e camerísticas. Instrumento sempre em mutação apresenta hoje variantes como o basseto, busseto, up-right elétrico, fora a guitarra baixo ou baixo elétrico que passou a substituí-lo por suas facilidades nos anos de 1950 em grupos de música popular geralmente.
As proporções são dissimilares em relação as do
violino e do
violoncelo, por exemplo, é mais profundo; a distância da parte superior, tampo, à parte traseira, fundo, é proporcionalmente muito maior do que o violino. Muitos contrabaixos velhos foram cortados ou inclinados para ajudar a ser tocado com técnicas modernas. Antes destas modificações, muitos exemplares tinham a amplitude dos seus ombros mais semelhante a dos instrumentos da família do violino.