quinta-feira, 19 de outubro de 2017

XILOFONE

Xilofone (do grego ξύλον — xylon, "madeira" + φωνή —phonē, "som, voz", algo como "som da madeira") é o nome genérico para vários instrumentos musicais, mais precisamente idiofones percutidos, que consistem em várias lâminas de madeira dispostas cromaticamente. Entre os instrumentos que se podem considerar como xilofones temos o xilofone (propriamente dito), a marimba, o balafon, etc.
O Xilofone propriamente dito é um instrumento musical definido como de percussão, de altura definida ou de som determinado.
Apareceu nas orquestras no século XIX.O xilofone ainda não é um instrumento muito usado
Compõe-se de uma seqüência ordenada de placas de madeira, dispostas de maneira análoga às teclas de um piano. Desta maneira, as placas de madeira de som mais grave estão à esquerda do executante e, em direção à direita, as notas vão tornando-se agudas.
Há uma seqüência de placas em primeiro plano que equivalem às teclas brancas do piano (notas naturais) e, em segundo plano um pouco mais elevadas, as placas de madeira que equivalem às teclas pretas do piano (notas acidentadas).
Sob cada placa de madeira, há um tubo de ressonância, geralmente em alumínio, que dá corpo ao som.
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As placas de madeiras são confeccionadas com todo o esmero possível, criteriosamente secas e afinadas com precisão. Tradicionalmente, a madeira escolhida é o jacarandá (rosewood) mas no Brasil tem havido bons resultados com ipê.
O xilofone apoia-se sobre um suporte ou mesa com rodízios. Percutem-se as placas de madeira usando baquetas, com cabeças, que podem ser de madeira dura, de borracha ou outro material sintético, conforme o timbre que se queira.
Semelhante ao xilofone, a marimba, possui mais teclas de madeira mais largas, numa área mais grave.
Precursor do xilofone, é o balafon, originário de África. A diferença esta no reduzido número de teclas e na solução de cabaças para os ressonadores. Isto exige um formato curvo e amarrações em couro e cordas. Alguns músicos de Jazz têm demonstrado interesse por este instrumento musical africano, tendo sido introduzido em seus trabalhos vanguardistas. Atualmente o grupo de rock mais famoso que utiliza o xilofone é o Radiohead, presente em canções clássicas dos álbuns Ok Computer e In Rainbows.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

SARRUSOFONE

Sarrusofone

Sarrusofone é uma família de instrumentos transpositores patenteados e produzidos por Pierre-Louis Gautrot em 1856. Foi chamado sarrusofone por causa do maestro de bandas Francês Pierre Auguste Sarrus (1813 -1876), idealizador do instrumento (não se sabe se Sarrus era beneficiado financeiramente com a associação ao produtor do instrumento).
O sarrusofone foi criado para servir como substituto, em bandas, do oboé e do fagote, cuja potência sonora não atendia os requisitos necessários para se tocar em lugares abertos, como era comum nas bandas daquela época.

Família dos sarrusofones

A família dos sarrusofones compreende os seguintes instrumentos (dos quais está indicado, entre parênteses, o possível uso orquestral aproximado):
  • sopranino em Mib.
  • soprano em Sib (possível substituto do oboé)
  • alto em Mib (possível substituto do corne inglês).
  • tenor em Sib (possível substituto do oboé barítono)
  • barítono em Mib (possível substituto do fagote em Mib)
  • baixo em Sib (possível substituto do fagote)
  • contrabaixo em Mib, Dó ou Sib (possível substituto do contrafagote)
A extensão no instrumento - isto é, sem transpor - é Si♭ - Sol, um semitom a mais que a do saxofone actual. Inicialmente, Gautrot propagandeava uma extensão Si♭ - Fa, como a do saxofone de então. Depois de 1868, foram publicadas por Gautrot digitações que permitiam uma extensão de até três oitavas.

Construção

Todos os membros da família são feitos de metal, com um corpo cônico. Os membros maiores da família lembram o oficleide. Como o oboé e o fagote, todos os sarrusofones foram projetados para serem tocados com palheta dupla. Posteriormente, boquilhas para palhetas simples, semelhantes às de saxofone alto e soprano, foram desenvolvidas. Não está claro se as boquilhas estavam disponíveis para todos os tipos de sarrusofones. O exemplo mais comum era a do contrabaixo em Mi♭.
digitação do sarrusofone é quase idêntica à do saxofone, o que fez com que Adolphe Sax abrisse ao menos um processo contra Gautrot, reclamando que este havia infringido sua patente do saxofone. Sax perdeu a causa, uma vez que a justiça considerou que o som produzido pelas duas famílias de instrumentos era nitidamente diferente, apesar das similaridades mecânicas. De toda forma, como o sarrusofone nunca alcançou grande aceitação, os fabricantes não se empenharam em desenvolver seu mecanismo da mesma forma que fizeram com o saxofone. Embora haja excepções, o mecanismo geral do sarrusofone inclui:
  • Chaves de registro não automáticas (necessárias para se produzir a "quarta alta" da sua extensão). Do sopranino ao baixo, possuem duas chaves de oitava. Os contrabaixos (e às vezes alguns baixos) possuem três, a terceira sendo usada somente para as notas Ré e Mi♭ imediatamente acima da passagem de uma oitava à outra.
  • As chaves articuladas de Sol♯, chave-dupla de Si♭, chave-de-trinado de Fá♯ ou 1/1 e 1/2 Si♭ não existem no Sarrusofone, embora exista no Saxofone. As chaves (registros) de cima e de baixo do instrumendo não são ligadas. Como surpresa, uma chave-de-trinado de Si para Dó, como são encontradas no saxofone, ficou mais ou menos como padrão na construção do instrumento.
  • chave do Si♭ grave é ativada pelo polegar esquerdo, de modo oposto ao que acontece no saxofone, em que a chave é ativa da pelo dedo mínimo da mesma mão.
  • Uma chave para a alternação rápida entre o Dó de uma oitava e o Ré da oitava seguinte. Essa chave pode ser usada também para tocar o Ré agudo. Pode ser tomada como um equivalente da chave do Ré agudo no saxofone, embora no sarrusofone a posição dessa chave varie.
  • Não há chaves usadas com a palma da mão para os agudos (como acontece no saxofone). Os agudos no sarrusofone são obtidos com as chaves de registro não automáticas, que permitem facilmente saltos de terças. O corpo relativamente estreito do sarrusofone também ajuda a melhorar a sonoridade dos saltos de terça.
Nos primeiros instrumentos, o uso de rolamentos entre as chaves do Mi♭ grave e Dó grave parecia mais comum que entre o Sol♯ e o Dó♯ / Si graves. Adicionalmente, em alguns instrumentos fabricados pela Buffet no início do século XX, a chave do Sol♯ é "semi-articulada", de modo que o trinado entre o Sol e o Sol♯ pode ser feito a partir de uma chave adicional para a mão direita. Muitos saxofones desse período também possuíam esse mecanismo. Além disso, neles não havia conexão entre a chave do Sol♯ e as chaves do Dó♯ / B graves, identicamente ao modo como os saxofones eram fabricados naquela época.

Uso na música erudita

O sarrusofone entra raramente na música de orquestra, sendo dedicado principalmente ao repertório de banda. O primeiro uso documentado do sarrusofone numa orquestra foi a execução de As bodas de Prometeu, de Camille Saint-Saëns na Exposição Universal de Paris em 1867, como substituto de emergência de um contrafagote que estragou no último momento. No início dos século XX, o sarrusofone contrabaixo em Mi♭ (e às vezes o em Dó) esteve em voga como substituto do contrafagote, considerado muito frágil. Foi utilizado, por exemplo, por Maurice Ravel na abertura de Schérazade (1898),  (Rapsódia espanhola - 1907) e L'heure espagnole (A hora espanhola - 1907-1909). Igor Stravinsky incluiu uma parte para sarrusofone contrabaixo em Threni.

Uso no jazz

Um exemplo extremamente inusual do sarrusofone no jazz está na gravação de 1924 de Clarence Williams do tema Mandy, Make Up Your Mind, com um sarrusofone tocado por Sidney Bechet, virtuoso do sax soprano e do clarinete. É possível que, nesse caso, Bechet tenha usado uma boquilha e uma palheta simples, já que ele não era um instrumentista de palheta dupla. É interessante notar que Bechet posteriormente afirmou jamais ter tocado o sarrusofone.
Nos anos 1970 e 1980 o jazzista americano Gerald Oshita tocou jazz de vanguarda em um sarrusofone contrabaixo em Mi♭ fabricado pelas Conn. Mais recentemente (de 1990 a 2006), gravações usando sarrusofones foram feitas por saxofonistas como Scott RobinsonLenny PickettJames Carter e Paul Winter.

No tempo presente

O sarrusofone hoje éstá obsoleto e é usado como "curiosidade" em algumas ocasiões. Nas execuções orquestrais as suas partes são tocadas atualmente pelo contrafagote. Todavia, parece have um ressurgimento do interesse pelo instrumento entre os músicos amadores em bandas nos Estados Unidos.
Recentemente podemos escutá-lo na trilha sonora sinfônica do filme Tombstone (1993), composta por Bruce Broughton.
A afinação do instrumento é um pouco precária e seu som é menos claro, a comparar-se ao do saxofone. Em termos bem-humorados, diz-se que o som do sarrusofone é mais "industrial" ou "rústico".
Novos sarrusofones ainda podem ser comprados a pedido na fábrica de instrumentos italiana Orsi. Historicamente, Orsi, Rampone (posteriormente Rampone & Cazzani), Buffet (sob controle da Evette & Schaeffer), Conn (o contrabaixo em Mi♭), Gautrot e Couesnon (sucessor de Gautrot) foram as marcas mais conhecidas junto com a Benedikt Eppelsheeim.
A qualidade áspera do som do sarrusofone e a necessidade de uma palheta dupla podem ter contribuido para que ele não se tornasse uma membro das bandas de sopro padrão. Além disso, apesar de originalmente pensados para substituir o oboé e o fagote, as extensões práticas dos sarrusofones correspondentes (soprano e baixo, respectivamente) não os permitiam tocar adequadamente as partes de oboé e fagote, especialmente nas transcrições de orquestra para bandas de sopros. Afirmam-no o famoso maestro de bandas Edwin Franko Goldman e o organologista Anthony Baines.
A necessidade de um membro contrabaixo na família das madeiras existiu desde o século XIX. Desse período até o início do século XX, houve tentativas por Sax, Buffet, Besson e outros de construir um clarinete contrabaixo, tanto em Mi♭ quanto em Si♭. No início da década de 1930, sob a sugestão da American Bandmaster's Association, a empresa francesa Selmer Company obteve sucesso ao introduzir seu modelo contrabaixo em Mi♭. Os populares modelos contrabaixo em Mi♭ e Si♭ da também francesa LeBlanc não foram postos em produção antes da segunda metade da década de 1940, ainda que inventados muito antes.

domingo, 4 de janeiro de 2015

OFICLEIDE

Oficleide

oficleide ou ophicleide, também conhecido popularmente como figle é um instrumento musical de sopro da família dos metais. Seu nome se origina do grego óphis,eós(serpente) + kleís,kleidós (chave), já que o instrumento apresenta uma forma semelhante à de uma cobra com chaves ao longo do corpo.
A primeira aparição escrita deste instrumento em orquestra foi na ópera Olímpia, de Gaspare Spontini em 1819. Outras célebres composições para o oficleide são Elias e Sonho de uma Noite de Verão, de Felix Mendelssohn, além da Sinfonia Fantástica, de Berlioz. Também Verdi e Wagner compuseram para Oficleide.
O oficleide foi muito utilizado pelos músicos de choro na segunda metade do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. Durante a fase de consolidação deste gênero musical, só perdia em popularidade para a flauta, o violão e o cavaquinho1 . Foi o instrumento em que se delineou uma das características mais marcantes do gênero, ocontracanto denominado baixaria, hoje habitualmente realizado pelos violões de sete cordas.


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

HANG


HANG

hang (pronúncia em alemão, [haŋ], forma plural: hanghang) é um instrumento musical da classe idiofônica criado por Felix Rohner e Sabina Schärer em BernaSuíça. O nome da empresa deles é PANArt Hangbau AG. O hang é as vezes referenciado como hang drum, mas os inventores consideram esse um termo impróprio e desencorajam fortemente a sua utilização.
O instrumento é construído a partir de duas meia-conchas de chapas de aço nitretadas coladas juntas pelas bordos, deixando o interior oco e criando um formato de um óvni.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

CRAVO

Cravo

Cravo é a designação dada a qualquer dos membros de uma família europeia de instrumentos musicais de tecla, incluindo os grandes instrumentos comumente chamados de cravos, mas também os menores: virginal, o virginal muselar e a espineta. Todos esses instrumentos pertencem ao grupo das cordas beliscadas, ou seja, geram o som tangendo ou beliscando uma corda ao invés de percuti-la como no piano ou no clavicórdio. Acredita-se que a família de instrumentos desse tipo se originou quando um teclado foi anexado a um saltério, fornecendo um meio mecânico para tanger as cordas. O tipo de instrumento que em português, é chamado de cravo é geralmente chamado de clavicembalo ou simplesmente cembalo em italiano, e esta última palavra também é geralmente utilizada em alemão. A palavra francesa tipicamente usada é clavecin. Confusamente, a palavra mais utilizada na Espanha para o cravo é clavicordio, gerando confusão com o clavicórdio. Por essa razão, nos círculos musicais espanhóis, os locutores utilizam a palavra italiana ou, mais comumente, a palavra francesa.
Um cravista é um músico que toca o cravo.

História

A origem do cravo é obscura, mas sabe-se que surgiu em algum momento da alta Idade Média ou na Idade Média tardia. As mais antigas referências escritas ao instrumento datam dos anos 1300 e é possível que o cravo tenha sido inventado naquele século. Esta era uma época na qual os avanços na fabricação de mecanismos e outras formas de antigas máquinas pré-modernas estavam sendo desenvolvidas e, portanto, uma época apropriada para a invenção daqueles aspectos que diferenciam o cravo do saltério. Um manuscrito latino sobre instrumentos musicais, de autoria de Henri Arnault de Zwolle, c. 1440, inclui diagramas detalhados de um pequeno cravo e de três tipos de movimentos de ação dos ganchos.

Itália

O cravo mais antigo, completo, ainda preservado, veio da Itália, o exemplar mais velho tendo sido datado de 1521. A Real Academia de Música em Londres possui um instrumento de curiosa forma vertical. Infelizmente, ele não funciona. Entretanto, esses primitivos instrumentos italianos não lançam qualquer luz sobre a origem do cravo uma vez que representam uma forma já bastante aperfeiçoada do instrumento. Os fabricantes italianos do cravo construíram instrumentos de manual simples (um único teclado), de construção muito leve e relativamente pouca tensão nas cordas. Este desenho sobreviveu entre os fabricantes italianos durante séculos, com muito pouca alteração. Os instrumentos italianos são considerados agradáveis mas discretos quanto ao seu tom e são apropriados para acompanhamento de cantores ou outros instrumentos. Próximo ao final do período histórico, instrumentos maiores e mais elaborados foram construídos, principalmente por Bartolomeo Cristofori.

Flandres

Um revolução na técnica de construção do cravo ocorreu em Flandres em algum momento durante 1580 com o trabalho de Hans Ruckers e seus descendentes, inclusive Ioannes Couchet. O cravo Ruckers era construído de maneira mais resistente do que os italianos. Devido ao fato de utilizarem cordas mais longas (sempre os dois conjuntos básicos de cordas: uma de 2,5 metros (8 pés) e outra de 1,3 metros (4 pés), embora ocasionalmente pudessem utilizar duas cordas de 2,5 metros (8 pés)), maior tensão nas cordas e uma caixa mais pesada junto com uma caixa de ressonância de abeto, bastante esbelta e responsiva. O tom era mais sustentável do que o do cravo italiano e foi largamente copiado pelos fabricantes de cravo na maioria das outras nações. Os fabricantes flamengos também desenvolveram um tipo de cravo de manual duplo (dois teclados) que inicialmente era usado meramente para permitir a fácil transposição, no intervalo de quarta, ao invés de aumentar a faixa expressiva do instrumento. Entretanto, mais tarde, no século XVII, o manual adicional foi também usado para contraste do tom, com a possibilidade de duplicar os registros de ambos os manuais para se obter um som mais cheio. Os cravos flamengos com freqüência são elaboradamente pintados e decorados.

França

O instrumento flamengo foi mais desenvolvido na França, no século XVIII, principalmente com o trabalho da família Blanchet e seu sucessor, Pascal Taskin. Estes instrumentos franceses imitaram o projeto flamengo mas tiveram a extensão seu teclado aumentada de cerca de quatro para cerca de cinco oitavas. Adicionalmente, os instrumentos franceses de manual duplo além de usarem seus manuais para transposição, os empregavam também para variar a combinação de paradas sendo utilizadas (isto é, a corda a ser beliscada). O cravo francês do século XVIII é freqüentemente considerado um dos apogeus do projeto do cravo e é largamente adotado na construção dos instrumentos modernos.
Um aspecto impressionante da tradição francesa do século XVIII era sua quase obsessão com pelos cravos Ruckers. Num processo conhecido comogrand ravalement, muitos dos instrumentos Ruckers sobreviventes foram montados e remontados com novo material de ressonância e construção da caixa que acrescentou uma oitava à extensão original do teclado. Considera-se que muitos dos cravos que, na época, se diziam restaurações Ruckers eram fraudulentos a despeito de poderem ser, de direito, considerados instrumentos soberbos. Um processo mais básico foi o chamado petit ravalement, no qual os teclados e os conjuntos de cordas, mas não a caixa, foram modificados.

Inglaterra

Para a Inglaterra, o cravo teve relevância durante a Renascença para o grande grupo de compositores importantes que escreveram para ele, mas, aparentemente, muitos dos instrumentos, na época, eram importados da Itália. Os cravos construídos na Inglaterra só ganharam notoriedade no século XVIII, com o trabalho de dois fabricantes emigrantes, Jacob Kirckman (da Alsácia) e Burkat Shudi (da Suíça). Os cravos destes fabricantes, construídos para uma elite social próspera e em expansão, eram notáveis por seu tom poderoso e exótico devido às caixas de madeira compensada. O som dos cravos Kirckman e Shudi impressionaram muitos ouvintes, mas o sentimento de que eles afetavam negativamente a música, fez com que muito poucos instrumentos tenham sido fabricados segundo o seu modelo. A firma Shudi passou para o genro de Shudi, John Broadwood, que o adaptou para a fabricação de pianos e se tornou uma força criadora no desenvolvimento daquele instrumento.

Alemanha

Os fabricantes alemães de cravos adotaram ligeiramente o modelo francês, mas com interesse especial em conseguir uma variedade de sonoridades, talvez porque alguns dos mais eminentes construtores alemães fossem também construtores do órgão de tubos. Alguns cravos alemães incluem um coro de cordas de 2 pés, isto é, cordas afinadas duas oitavas acima do conjunto primário. Uns poucos chegaram mesmo a incluir um registros de 16 pés, afinados uma oitava abaixo dos coros principais de 8 pés. Um cravo alemão preservado, tem até manual triplo para controlar as muitas combinações de cordas que estavam disponíveis. Os registros de 2 pés e de 16 pés do cravo alemão, não são apreciados pelos cravistas modernos que tendem a preferir o tipo francês de instrumento.

Obsolescência e Renascimento

No ponto máximo de seu desenvolvimento, o cravo perdeu para o piano o favoritismo que desfrutava. O piano rapidamente evoluiu a partir de suas origens semelhantes ao cravo e o conhecimento tradicional, acumulado, dos construtores de cravo gradualmente se dissipou.
No início do século XX, um interesse despertado por interpretações de época, tendo a renomada, energética e atualmente, algumas vezes, controversa Wanda Landowska como sua porta-voz, resultou no renascimento do cravo. Nas primeiras décadas de seu renascimento, os cravos então construídos foram fortemente influenciados pelo moderno piano de cauda, principalmente quanto ao uso de pesadas armações de metal, de longe muito mais robustas do que o necessário para suportar a tensão das cordas do cravo. Este foi o instrumento que os fabricantes parisienses de piano Pleyel construíram para Mme. Landowska. Os construtores incluíram registros de 16 pés nesses instrumentos para abafar o som, uma prática relativamente incomum dos construtores alemães do século XVIII.
A partir de meados do século XX, a construção de cravos tomou um novo ímpeto quando uma nova geração de fabricantes procurou os métodos de projeto e construção dos séculos passados. Este movimento foi liderado, entre outros por Frank Hubbard e William Dowd, trabalhando em BostonArnold Dolmetsch, sediado em Surrey no Reino Unido e Martin Skowroneck, trabalhando em BremenAlemanha. Estes peritos-construtores estudaram e inspecionaram muitos instrumentos antigos e consultaram o material escrito no período histórico, disponível, sobre cravos. Hoje os cravos que se baseiam nos princípios redescobertos dos antigos fabricantes dominam o cenário e são construídos em oficinas ao redor do mundo. As oficinas também constroem kits que são montados na sua forma final por amadores entusiastas.

Variações

Embora os termos utilizados para denotar os vários membros da família estejam hoje praticamente padronizados, nos dias do apogeu do cravo este não era o caso.

Cravo

Atualmente, cravo pode designar todos os elementos que compõem a família do instrumento ou, mais especificamente, o instrumento no formato de um piano de cauda como uma caixa de forma quase triangular acomodando à esquerda cordas longas para o baixo e, à direita, cordas curtas soprano à direita; Caracteristicamente tem um perfil mais alongado do que o do piano de cauda e o lado em curva com maior raio de curvatura (bentside).
Um cravo pode ter de uma a três - e algumas vezes até mesmo mais, cordas por nota. Normalmente, uma está afinada a quatro pés, isto é uma oitava acima do fundamental. Quando existem dois coros de oito pés, um deles tem seu ponto de vibração próximo ao cavalete criando uma tonalidade mais "nasal", enfatizando os harmônicos superiores.
Manuais simples ou teclados, são comuns, especialmente nos cravos italianos. Manuais duplos, que permitem maior controle sobre que cordas são beliscadas são encontrados em instrumentos mais elaborados. Há uns poucos exemplos de manuais triplos em cravos alemães.

Virginais

virginal ou virginals é um cravo pequeno de forma retangular (que se parece com um clavicórdio (ver também clavicórdio - em inglês), com apenas uma corda para cada nota fixada paralelamente ao teclado no lado comprido da caixa. Identificado com esse nome por volta de 1460, era tocado sobre o colo ou, mais comum então colocado sobre uma mesa. embora o nome venha da mesma raíz que o adjetivo "virginal" a razão para lhe ter sido dado este nome é obscura. Observe-se que no Período elisabetano era utilizado para designar qualquer tipo de cravo não, como acontece hoje, apenas os virginais. Portanto, as obras primas de William Byrd e seus contemporâneos foram tocadas freqüentemente num cravo, no estilo italiano e não nos instrumentos que hoje chamamos de virginais. Os virginais são descritos como espineta virginal (o tipo comum) ou virginal muselar.

Espineta Virginal

Na espineta virginal o teclado é colocado do lado esquerdo e as cordas são beliscadas numa das extremidades, como nos demais membros da família cravo. Este é o arranjo mais comum e um instrumento descrito simplesmente como um "virginal" é uma espineta virginal.

Virginais Muselares

Num virginal muselar (em flamengomuselaar), o teclado é colocado á direita ou no meio da caixa, de modo que as cordas são beliscadas no centro de seu comprimento sonoro. Isto produz um som quente e rico, mas a um preço, o funcionamento para a mão esquerda é colocado no meio da placa de som do instrumento, resultando que qualquer ruído originário deste tipo de funcionamento é amplificado. Um comentarista do século XVIII disse que os muselares "grunhem nos baixos como leitões". Em adição ao ruído mecânico, o ponto de vibração no baixo torna a repetição difícil porque o movimento da corda, que ainda permanece vibrando, interfere com a habilidade do plectro conectar novamente. Portanto o muselar é mais apropriado para música com acordes e melodias sem partes complexas para a mão esquerda.
Os muselares foram populares nos séculos XVI e XVII mas caíram em desuso no século XVIII.

Espineta

Finalmente, um cravo com o conjunto de cordas inclinado de um ângulo (geralmente cerca de 30º) em relação ao teclado é chamado espineta. Neste instrumentos as cordas estão muito próximas para se colocar os saltadores entre elas do modo normal, em vez disso, as cordas são dispostas aos pares e os saltadores são colocados no espaço maior entre os pares de cordas e são instalados com suas faces voltadas para direções opostas, beliscando as cordas adjacentes a esse espaço.

Clavicítero

Um clavicítero é um cravo que é montado verticalmente. Foram construídos poucos exemplares. O mesmo conceito de economia de espaço foi posteriormente incorporado ao piano vertical. Seu funcionamento na vertical foi possibilitado, modificando-se a forma dos saltadores para um corpo curvo, como um setor circular de 45º (um quarto de círculo). Um modelo do século XV pode, por exemplo, ser encontrado no Royal College of Music en Londres). O clavicítero foi utilizado até o século XVIII

Variações

Para um instrumento que foi produzido em larga escala ao longo de três séculos, não surpreende que exista um grande número de variantes entre os cravos.
Em adição às formas variadas e as diferentes disposições ou registros que podem ser adaptados ao cravo, como foi visto anteriormente, a gama de variações é muito grande.
Geralmente, os cravos mais antigos têm uma extensão menor e os modelos posteriores têm uma extensão maior, embora possa haver exceções.
Em geral, os cravos maiores têm uma extensão acima de cinco oitavas e os menores, uma extensão abaixo de quatro oitavas. Usualmente, estende-se os menores teclados usando a técnica da "pequena oitava".
No século XVI, foram construídos vários cravos com os teclados bastante modificados, como o arquicímbalo, para acomodar sistemas variados de afinação demandados pelas práticas composicionais e experimentação teórica.

XILOFONE

Xilofone  (do grego ξύλον — xylon, "madeira" + φωνή —phonē, "som, voz", algo como "som da madeira") é o nom...